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De bunda no chão...

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Chegou a hora de expandir meus horizontes. Sei que vou cair, talvez me machuque, mas paciência. As possíveis marcas servirão como prova de que vivi. Quando as pessoas lembrarem de mim, não vão poder dizer – eu espero -: “era aquela guria que ficava na arquibancada sempre, sabe”. Pra ti que já passou dos 30, dos 40 ou ainda está nos 20, se joga bebê. Não deixa de fazer por acomodação. O medo até é uma desculpa válida, afinal as fobias estão aí para serem estudadas ou ferrarem com a cabeça da gente, só não deixa a inércia e a apatia tomarem conta da tua vida, porque daí sim vai bater o arrependimento e você vai estar lá na arquibancada ou vendo TV, e vai pensar: “porra, eu podia estar fazendo isso.” E é isso. Não sei como vai ser. Sei que não vou virar uma atleta, mas vou dar minhas patinadas por aí, bem faceira e sem medo de ser feliz.  Por Daiane Santos

Não vida

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Era ela bela, era ela rica, era ela infeliz. Morta, não-morta. Viva na não-vida. Enquanto sorria, sofria, vivia, era ela viva. Era ela admirada, invejada, querida, era ela certa de que o sol viria. Agora apenas a noite é o guia. Sonho ruim que não acaba. Não mais dúvida, certeza. E agora? Recém-nascida para a morte, sentia saudades da vida. Dos sorrisos, dos amores, dos quereres e sabores. Mas que luz é aquela que surge ao longe? Aqui não tem sol, de onde ela vem? Se aproxima. No começo, vem lenta como o passar das noites eternas. A luz a encontra, envolve, desperta. Lágrimas orvalham seu rosto. Cheiro de amor, sensação de calor. Era ela bela, era ela rica, era ela amada. PS: esse texto, assim como o Por que tem que doer?, foi inspirado pelo suicídio de uma jovem bela e bem-sucedida da sociedade porto-alegrense. A morte dela me fez pensar e eu quase vomitei esse texto. A prosa poética não é minha especialidade - nem sei qual é, na verdade -, mas foi o que saiu. Espero qu

Mão dupla

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Ele andava pelas ruas invisível, sem identidade e nem face. Seu nome era João, como tantos há nesse Brasil, mas fazia muito tempo que não lembrava seu sobrenome. Quando a fome batia, a mão estendia em busca de um coração bom que se compadecesse daquele homem sujo e esquálido que, no entanto, carregava nos olhos todo um universo de vivências e histórias. Em outra vida, outro tempo, João havia sido importante, homem das letras e dos saberes, que rodou o mundo contando histórias. Mas o mesmo tempo que lhe fez rei, acabou por lhe tirar a razão, a memória e, por último, a dignidade. Cheio de vazios e incertezas, ele circulava pelas Andradas da vida, velho conhecido de quem ia e vinha todos os dias, cruzando caminhos. João não tinha casa, mal tinha roupa, não sabia quem era e nem para onde ia. Eram a fome e as necessidades físicas que lembravam João que ele existia. Nesses momentos, se perguntava: por que existo, para o que vim, para onde estou indo mesmo? Mal sabia João, com a me

Por que tem que doer?

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O que é essa angústia que toma conta dos corações de toda uma geração? Por que para muitos a não-vida se torna uma opção tão atraente? Que mundo é esse que toma e exige tanto, sem aparentemente dar nada em troca? Até quando vamos aguentar um dia a dia em que a alegria e a satisfação são fugazes sentimentos que brilham em meio as dores, suores e embates da rotina. Muitos dirão que a vida é assim e temos que suportar, mas eu questiono essa síndrome de super mulheres e super hom ens que virou moda. Tudo temos que aguentar sem chorar e reclamar. Nossas lágrimas e tristezas precisam ficar nas sombras, pois o mundo não sabe lidar com elas. Ele só nos exige alegria e sorrisos, quando nosso coração grita perante tantas violências psicológicas que enfrentamos a cada minuto. Quando nos perdemos no ter e esquecemos de ser? Em que momento a vida se transformou no girar de uma máquina lubrificada com nosso sangue e lágrimas? Sim, a tristeza e a melancolia moram em mim, mas esse desabafo é

Vamos viver

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Todos passam por fases estranhas na vida. Graças a Deus, nunca passei por fases difíceis, mas já enfrentei as estranhas, em que eu, uma pessoa motivada por natureza, me encontro em meio a um mundo cinza, onde nada parece fazer sentido. O que me tranquiliza é que essas fases passam e deixam como fruto muitos planos legais e iniciativas positivas para a vida. Positivas porque é quando estou de saco cheio que paro e penso no que eu quero de verdade e começo a mexer os pauzinhos para alcançar meus objetivos. Quando tudo está bem, nós estagnamos e não há santo que nos faça sair da nossa zona de conforto. É quando nos sentimos perdidos na vida que encontramos o caminho e é assim que eu gosto. Para mim, a desmotivação, quando temporária, é bem benéfica. Me incentiva a emagrecer - cof, cof -, a estudar, a amar, enfim, a conquistar, pois transformo a energia negativa que surge nesses períodos em energia criativa. Muitas pessoas focam no sentimento e esquecem de pensar no porque ele apa

Título? Pra que?

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Sempre achei que não podia errar. Devia ser sempre perfeita e ter a resposta certa para tudo. Então, descobri que a vida não é assim e que quanto mais perfeita tu tenta ser, mas perfeição a vida exige de ti e o problema é que a perfeição esgota, cansa e enche o saco do pseudo-perfeito. O fato - que nem é tão fato assim, porque vai saber, né? - é que não sei o que quero dá vida. Quero casar e comprar uma bicicleta. Desejo conhecer gente legal e ouvir histórias emocionantes, mas também quero ficar em casa pensando em nada, tentando apenas não morrer de tédio. Quero poder trabalhar de noite e viver de dia, ou vice-versa, dependendo do meu estado de ânimo. Plantar uma florzinha no jardim quando der vontade e cuidar dela para ela ficar bem mimosa e vistosa. Quero escrever “pra” no lugar de “para” só porque tô com vontade e - se é pra esculachar, vamo nessa - fala e escreve errado sem medo de ser feliz, pois bota chato ter que estar sempre cuidando o que fala e como se escreve.

Bandida, eu? Imagina...

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Tem muita gente que se preocupa com a opinião dos outros e esquece de perguntar a si mesmo o que acha das coisas ou se determinada ação vai ser boa ou não para si. Esse tipo de pessoa acaba agindo como acha que os outros querem e esquece de fazer o que quer de verdade. Acaba comprando a roupa da moda, sem poder pagar por ela. Compra o aparelho eletrônico de última geração, mesmo que ele não sirva para os seus propósitos básicos e acabe criando mais um problema do que uma solução. Têm também aquelas pessoas que julgam as people aí do começo, achando que são "fodonas" e estão cagando e andando para opinião dos outros, quando na verdade são apenas vítimas dessa sociedade consumista e cheia de estereótipos, em que cada personagem tem voz e vez, seja o maria vai com as outras ou o rebelde sem causa. Eu, que tenho opinião para tudo e sou mais teimosa que uma porta - Sô sincera! - digo que o bom da vida é ser feliz, seja comprando o celular da moda que vai ligar e mandar mens